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COPOM no Horizonte

30.06.2023
Luiz Veiga

Qual será a decisão do COPOM?

Adivinhar a decisão é difícil, mas saber o onde Mercado está fazendo suas apostas já é meio caminho andado.

Todos dias ocorrem flutuações nas curvas pré-fixadas decorrentes da expectativa da
mudança da taxa SELIC pelo COPOM. Isso pode ser verificado nas curvas de juros obtidas a partir dos contratos de derivativos negociados diariamente pelo Mercado.

Estas variações implicam nas expectativas dos agentes participantes do Mercado. Mas eles estão achando o quê?

O Processo

Utilizando um processo de avaliação de probabilidades sobre possíveis alterações na taxa SELIC, é possível inferir estas apostas do mercado.

Para este modelo, são usadas as curvas de juros obtidas a partir da taxa SELIC atual, dos contratos de DI da B3 e das taxas referenciais de swap's pré-fixados em reais, todos negociados na data de avaliação. De posse destas curvas e das datas de reunião do COPOM, estabelece-se uma avaliação de taxas forward (taxas do futuro para o futuro) a fim de se determinar uma possível variação da taxa SELIC. Unindo os vários cenários deste processo, obtém uma expectativa média e as probabilidades de cada cenário.

Isto não equivale ao que o Comitê decidirá, mas ao que o Mercado acredita que será decidido.

O Resultado

Com base nas informações do dia 27 de junho as expectativa são:

Taxa SELIC atual: 13,75% a.a.

Decisão de Agosto/23:

  • 80% acreditam em QUEDA de 0,25 ou SELIC a 13,50%
  • 20% acreditam em QUEDA de 0,50 ou SELIC a 13,25%

Decisão de Setembro/23:

  • 95% acreditam em QUEDA de 0,50
  • 5% acreditam em QUEDA de apenas 0,25

Decisão de Novembro/23:

  • 90% acreditam em QUEDA de 1,00
  • 10% acreditam em QUEDA de 1,50

No cenário mais provável, entraríamos no Natal com uma SELIC de 13,75% - 0,25% - 0,50% - 1,00% = 12% a.a. Será?

Daqui Pra Frente

Atualizaremos semanalmente as expectativas e lançaremos um relatório regular com a base histórica dessas mudanças. Ainda há muitos tópicos a serem observados e fatores que interferem nessas expectativas, o importante é ter em mente como as apostas estão sendo trabalhadas no curto prazo.

Impacto geográfico no ESG

10.06.2023
Luiz Veiga

Recentes considerações indicam que o CEP (Código de Endereçamento Postal) tem maior influência sobre a expectativa de vida do que a própria genética (BID em https://lnkd.in/dcG3wEH6).
Temos que considerar que o CEP tem relação direta com renda, mas parece que a renda não é o único fator.

Do ponto de vista do ESG (socioambiental e climático), o CEP é muito importante, pois determina nossa zona de influência ou, em termos bem simplificados, como nos conectamos com o nosso entorno.

O serviço do EcoRisk ESG (https://ecorisk.com.br) incorporou este conceito com a utilização de áreas de influência genérica. Como novidade, passamos a utilizar as áreas de influências específicas, mais restritas e diretamente relacionadas ao CEP da pessoa física ou jurídica.

Confira seu rating em https://ecorisk.com.br. É gratuito.

Futuro do IPCA – Parte III

13.11.2022
Luiz Veiga

Ainda vem mais IPCA por aí?

Um ano após a discussão sobre inflação - parte II (https://blog.duxus.com.br/2021/11/13/risco-de-base-e-o-futuro-da-inflacao-parte-ii/), algumas variáveis ficaram mais claras.

O comportamento do IGP-M não ficou estável (e não era esperado que ficasse mesmo). A inflação do "atacado" ou do "dólar" continuou a subir antes de ceder um pouco por deflação (linha azul sólida mais grossa).

A inflação pelo IPCA demonstrou mais inércia para refletir os preços já impactados no IGP-M. Ou seja, a inclinação da linha translúcida amarela é menor do que a projetada há um ano, mas confirmou uma velocidade "constante" de contaminação (últimos 24 meses) no IPCA e permitiu a projeção de uma nova linha translúcida amarela, sob a qual o IPCA (linha amarela sólida mais grossa) parece trafegar.

Com a alteração das projeções surgem os novos horizontes para a inflação.

As linhas vermelhas continuam sendo as linhas de convergência entre os índices de inflação, real (sólida) e projetada (translúcida).

Considerando o mesmo “V” anterior, mas ainda menos simétrico e, novamente, a anulação do risco de base entre os índices agora para dez/2025, ainda teríamos um IPCA médio de aproximadamente 8% ao ano.

Isso mesmo. 8% ao ano pelos próximos 3 anos.

Quem é o Culpado?

A eleição? O governo anterior? O governo eleito?

Não. Não. E não.

É a pandemia e o ajuste forçado ou desorganizado que causou na relação de preços dos ativos no mundo inteiro.

Não é uma inflação endêmica, do Brasil. É uma inflação pandêmica, do mundo.

O que fazer?

Nada. Na verdade, não piorar o futuro através de incertezas, inseguranças ou excesso de gastos públicos (déficit público), pois isso causará desvalorização cambial e mais inflação do "dólar", com mais inflação do "real".

Um superávit parece fora de cogitação no momento.

Conclusão

O governo eleito enfrentará 20 a 25% de inflação nos primeiros anos de mandato e não há nada para ser feito.

Não piorar gastos públicos parece ser um dos paliativos, mas não tem sido este o noticiário.

20 anos

26.01.2022
Luiz Veiga

20 anos

Estamos nesta jornada desde 2002. Muitos obstáculos superados, muito esforço, muito investimento.

95% de transpiração e 5% de todo o resto.

Mas valeu a pena. Vale a pena.

Obrigado a todos que nos auxiliaram a chegar aqui. Simplesmente, obrigado.

Risco de Base e o Futuro da Inflação - Parte II

13.11.2021
Luiz Veiga

Vem mais IPCA por ai!

Na primeira discussão sobre inflação (https://blog.duxus.com.br/2021/01/18/riso-de-base-e-o-futuro-da-inflacao/) foi apresentado o descolamento e atraso "naturais" do IPCA em relação ao IGP-M. A conclusão foi que teríamos inflação mais alta medida pelo IPCA dali para frente. Agora, vamos continuar nesta análise.

O gráfico apresentado agora mantém os conceitos da análise anterior, sendo:

  • As linhas azul e laranja representam, respectivamente, o corretor de inflação acumulado desde 2018 (parte I detalha desde 2007) até a data atual pelo IGP-M e pelo IPCA e mais um período futuro de projeções.
  • A linha vermelha, representa a relação entre estes corretores ou IPCA acumulado dividido pelo IGP-M acumulado. Setas adicionais representam um "V" didático.

Há três variações de intensidade da linha, sendo:

  • Linha fina, para parte real I (análise anterior);
  • Linha média, para parte real II; e
  • Linha grossa, projeção até 2023.

Pelas linhas médias do gráfico (parte real II), observa-se que o IGP-M "terminou" sua trajetória de alta e o processo de convergência do risco de base "iniciou" a propagação da inflação para o IPCA. Ainda em termos gráficos, o IGP-M está nivelando ou assumindo sua inclinação estrutural enquanto o IPCA está aumentando sua inclinação em relação ao seu comportamento estrutural.

Resumindo, o risco de base está começando a se ajustar com o aumento da inflação percebida pelo IPCA.

E como fica o Futuro?

Como o descolamento acumulado (risco de base) entre os índice de inflação ainda está muito grande, o futuro não parece promissor para o IPCA.

Considerando o IGP-M estável daqui para frente, ou seja, inflação zero (linha grossa azul), e considerando uma trajetória relativamente simétrica de recomposição do risco de base ("V" das setas em vermelho), pode-se estimar o IPCA para 2022 e 2023 como algo perto de 15% ao ano. Isso mesmo, 15% ao ano por 2 anos!

Considerando um "V" menos simétrico e a anulação do risco de base apenas em 2024, ainda teríamos um IPCA médio de 10,5% ao ano. Isso mesmo, 10,5% ao ano por 3 anos!

É claro que são muitas premissas para se precisar o nível de IPCA para os próximos anos, mas, seguramente, ele não será baixo.

O Incontrolável.

Este tipo de análise não corrobora para eficácia de aumento de taxa de SELIC pelo COPOM (mite de POlítica Monetária).

Isto porque não é uma inflação de demanda ou oferta tradicional, mas um repasse de custos para uma cadeia produtiva e de serviços que já opera há quase 2 anos (contando apenas a pandemia) ou há quase 5 anos (contanto o passado recente da nossa economia) no limite da sua subsistência e que não vai ter nenhum receio de repassar custos. Isso sem contar o processo global de inflação pós-pandemia (ou inflação "pandêmica" global).

Sendo assim, seria melhor o Tesouro economizar no pagamento dos juros e esperar a inflação nivelar, deixando a SELIC como está. Mas é muito provável que o COPOM não resista à tentação de aumento de juros para tentar controlar o incontrolável.

Curta-IRRBB para S4

17.08.2021
Luiz Veiga

As inscrições devem ser solicitadas por email. Participe!

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